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A molecada estava acesa, expectante, irrequieta. Motivo para tanto alvoroço? O autor do livro que tinham acabado de ler – ABC da Ecologia – iria visitar a escola. Conf... Read more
Durante muito tempo, ostentei, com galhardia, um título que me parecia justo e digno de mim: o de maior escritor do Campo Formoso. Não me tomem por pretensioso. Explico: nunca conheci ningué... Read more
A molecada estava acesa, expectante, irrequieta. Motivo para tanto alvoroço? O autor do livro que tinham acabado de ler – ABC da Ecologia – iria visitar a escola. Confesso qu... Read more
Malaquias, filósofo de boteco, costumava afirmar: “A ignorância é a mãe da felicidade”. O esculápio Mão Santa vai um pouco além: “Toda ignorância é audaciosa”. Por caminhos distintos, as dua... Read more
Numa manhã qualquer (à época, todas me pareciam iguais), dona Purcina, a que só empregava os verbos no imperativo, decretou: “A partir de amanhã, nada de baladeiras, bodoques, arapucas, foj... Read more
Em São Raimundo Nonato, não havia bibliotecas públicas. Livros, só os manuais escolares. Foi num deles – o Livro de Português, de Aída Costa – que descobri a literatura brasileira... Read more
Em meio às asperezas da cidade hostil, uma gota de alegria: a música. Em Campo Formoso, não havia música, a não ser a do vento. Num raio de doze quilômetros, não havia um sanfoneiro, um vio... Read more
Sábado era um dia bom. Era dia de feira. Muito cedo, éramos acordados com o barulho dos chocalhos dos jegues conduzidos pelos feirantes. Vinha gente de muito longe trazendo sua escassa merca... Read more
Foram necessários pouco mais de cinco anos para que Campo Formoso se transformasse num lugar agradável. Num mourejar sem termo, seu Liberato, com ardente paciência, ia imprimindo a marca do... Read more
Durante o tempo em que vivi em São Raimundo Nonato, não me lembro de ter visto nenhuma jornal. Em matéria de informação impressa, além dos escassos livros didáticos, só nos chegavam às mãos... Read more