Dispor de um glossário para o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC) pode aprimorar não só o trabalho deste instrumento desenvolvido pelo Ministério da Cultura (MinC) como toda a gestão brasileira na área. Por conta disso, acontecem, nesta quinta-feira (25) e sexta-feira (26), no edifício Parque Cidade Corporate, em Brasília, a IV Reunião da Comissão do SNIIC e a I Oficina do GT Glossário da Cultura.
Participam representantes do Sistema MinC, dos fóruns de gestores de cultura dos estados e municípios e indicados pelo Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). Os eventos são coordenados por uma equipe da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Na visão de Leonardo Germani, coordenador-geral de Monitoramento de Informações Culturais, da Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do MinC, a existência de um glossário ajuda a padronizar as diversas atividades do Sistema, como organizar pesquisas, orientar a publicação de editais e o cruzamento de informações. “Um dos aspectos desse material é classificar equipamentos culturais. O que é um cinema? Qual a diferença entre uma biblioteca pública e uma universitária?”, exemplifica Germani, que acrescenta: “Apesar de o termo genérico deste trabalho se referir a glossário, estamos pensando em uma ontologia, ou seja, um conjunto estruturado de termos e conceitos”.
Assessora técnica da Secretaria Estadual da Cultura de São Paulo, Liliana Sousa e Silva considera fundamental a criação do glossário. “Comecei a trabalhar nesta área em 1989 e desde então espero por esta ferramenta”, conta. Na opinião dela, é importante a existência de uma linguagem, de um léxico comum. “Isso nos dará referência para fazermos análises mais densas do setor”, afirma Liliana.
Representante do Fórum de Secretários de Cultura das Capitais e Regiões Metropolitanas, Marcos Cordiolli, de Curitiba, vê como de extrema necessidade e urgência um glossário no seu campo de atuação. “Na cultura, muitas ações ocorrem simultaneamente, realizadas pelos governos e pela sociedade. Em alguns momentos, elas tendem a convergir. Acho positivo reunir todos estes agentes para construir o glossário, que irá orientar a diversidade de instituições que atuam no processo de indicadores e informações”, opina. Cordiolli acredita que o desenvolvimento da ferramenta elevará o nível do planejamento monitoramento das políticas culturais.
Diego Barbosa da Silva, representante do Colegiado Setorial de Arquivos do CNPC, também elogia o projeto. “O glossário vai facilitar o trabalho tanto dos agentes culturais quanto dos estados e fornecerá subsídios para que se criem indicadores”, diz.